Inflação abaixo, juros estáveis: Boletim Focus aponta cenário de cautela para economia

Nova projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 agora é de 5,17%, uma leve queda em relação aos 5,18% da semana anterior, segundo o Boletim Focus.

Pela sétima semana consecutiva, o mercado financeiro voltou a revisar a expectativa de inflação no Brasil. A nova projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 agora é de 5,17%, uma leve queda em relação aos 5,18% da semana anterior, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central.

Um mês atrás, essa estimativa era de 5,25%. Apesar da sequência de reduções, a projeção permanece acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece um centro de 3% à inflação, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Para 2026 e 2027, o mercado manteve as projeções inalteradas: inflação de 4,5% e 4%, respectivamente.

 

Pequenos ajustes

O Produto Interno Bruto (PIB) registra um crescimento de 2,23% em 2025. Para 2026, o mercado fez uma leve correção, passando de 1,86% para 1,89%. Já em 2027, a expectativa é de um avanço econômico próximo a 2%.

O dólar também foi revisado. A projeção para a cotação da moeda caiu de R$ 5,70 para R$ 5,65. Também houve recuo para os anos seguintes: R$ 5,70 em 2026 (ante R$ 5,75) e R$ 5,71 em 2027. Esta é a terceira semana seguida de revisões para baixo nas expectativas cambiais.

 

Perspectivas sobre a Selic

As expectativas para a taxa básica de juros, a Selic, continuam em 15% ao ano desde a última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Essa estabilidade reflete o posicionamento do Banco Central, que tem adotado uma postura conservadora diante das incertezas relacionadas à inflação.

O mercado, porém, já projeta um recuo nos próximos anos, com a Selic 12,50% em 2026 e 10,50% em 2027.

A Selic é o principal instrumento do BC para conter a inflação. Quando está elevada, encarece o crédito e desestimula o consumo — o que ajuda a segurar os preços. Por outro lado, quando os juros caem, o crédito tende a ficar mais acessível, incentivando a produção, o consumo e, por consequência, a economia.

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Fernanda Torres com informações de Agencia Brasil

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