Garantir que todos os brasileiros tenham acesso à imunização especializada continua sendo uma jornada de obstáculos. Em um país tão extenso e diverso, não é raro ver comunidades inteiras distantes de profissionais de saúde ou sem acesso a informações confiáveis. Enquanto isso, as fake news ganham força, confundem e afastam as pessoas das vacinas. É nesse cenário desafiador que a telemedicina vem ganhando espaço, no encaminhamento para vacinação e no cuidado contínuo após a aplicação.
De acordo com Diovani Urbim, diretor da Vital Help, entre os principais benefícios do atendimento estão a triagem remota, a redução de deslocamentos desnecessários e o esclarecimento de dúvidas em tempo real, principalmente a pessoas que estão mais vulneráveis, como gestantes, idosos e pacientes com doenças crônicas. “A telemedicina atua como uma ponte entre pacientes e centros de referência para imunização especializada, especialmente quando há necessidade de avaliações clínicas complexas ou acesso a vacinas específicas que não estão disponíveis na atenção básica.“, afirma Urbim.
Além da agilidade, o modelo remoto tem contido os impactos da desinformação. O Brasil vem enfrentando uma onda de fake news sobre vacinas, amplificadas pelas redes sociais, o que tem prejudicado o alcance das campanhas. Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, em reportagem da Agência Brasil, essa desinformação pode ser tão ou mais perigosa do que a própria doença:
“Informação falsa é mais letal, às vezes, do que a própria doença. Quando há uma adesão em massa, há uma não vacinação por conta de uma fake news ou uma desinformação (…). A gente pode ter até um número de óbitos que excede até o da própria doença.”
A possibilidade de triagem prévia por meio de formulários digitais, consultas rápidas por vídeo e classificação automática de risco são recursos que vêm transformando o atendimento e aumentando a eficiência das campanhas em larga escala. “Por exemplo: uma pessoa com doença autoimune é automaticamente classificada para triagem especializada antes de tomar determinadas vacinas. Consultas rápidas por vídeo com médicos validam as informações preenchidas nos formulários, esclarecem dúvidas e reduzem inseguranças e classificam o paciente conforme o risco ou prioridade vacinal.”, explica Urbim.
Esse modelo permite também encaminhamentos diretos aos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), com a documentação digital já pronta e orientações sobre a aplicação. Pacientes que precisam de monitoramento após receberem imunobiológicos especiais podem ser acompanhados remotamente, com registros de eventuais efeitos adversos e marcações automáticas dos reforços.
A atuação da telemedicina não se restringe ao momento da vacinação. Durante a pandemia de Covid-19, serviu para orientar pais e gestantes sobre os riscos e benefícios da imunização, combatendo diretamente o medo e as incertezas. “O atendimento remoto permite abordagem individualizada, tirando dúvidas específicas e orientações práticas sobre momentos seguros para vacinar, possíveis reações, mitos comuns e protocolos oficiais”, diz Urbim.
Em maio, uma decisão do governo dos Estados Unidos provocou repercussão internacional. Sob liderança do secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., os EUA deixaram de recomendar a vacina contra a Covid-19 para crianças saudáveis e gestantes. A mudança, apresentada como parte de uma revisão no calendário oficial de imunização, foi feita sem a participação do comitê técnico de especialistas em vacinas. “Deve necessariamente se basear na autonomia técnica e no consenso de comitês científicos especializados. A exclusão desses órgãos colegiados, como ocorreu na diretriz americana mencionada, compromete a legitimidade, a confiança pública e a segurança sanitária das decisões adotadas.”, complementa.
O especialista destaca ainda que a estrutura criada para vacinação contra a Covid-19 pode ser reaproveitada em campanhas de imunização para gripe, HPV, meningite e outras doenças cobertas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). “A telemedicina não é só uma resposta emergencial, é uma ferramenta estratégica permanente.”
Com o apoio do serviço e da orientação médica, a vacinação torna-se não apenas mais acessível, mas também segura e eficaz. A confiança da população precisa ser reconquistada com base em ciência, empatia e informação de qualidade.
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