Entre os enormes desafios impostos à humanidade, a evolução tecnológica trazida pela Inteligência Artificial é o assunto do momento tanto na imprensa especializada, quanto na grande imprensa, pois está transformando o mercado de trabalho e os negócios no Brasil e no mundo. Para Elisabete Prado, presidente da Delphos, apesar de ser uma empresa de serviços, a companhia sempre tratou o processo de desenvolvimento tecnológico de forma especial. “Durante décadas, esse viés esteve voltado ao consumo interno, para sustentação aos seus trabalhos de BPO. Com o passar dos anos, percebeu que boa parte de suas soluções poderia atender ao mercado de seguros, que permanentemente busca alternativas inovadoras disponíveis. Os novos tempos exigem criações com diferenciais que agreguem valor à cadeia de negócios, que reduzam os custos e os tempos de respostas e, claro, que garantam a excelência dos produtos e a satisfação do cliente final”, enfatiza.
Soluções diferenciadas – Segundo a presidente da Delphos, em razão da atuação da empresa em processos de BPO, a Delphos, em alguns ramos, participa de toda a cadeia do negócio, o que lhe confere a possibilidade de avaliar os gargalos e os pontos de atenção. “Nomeadamente no ramo habitacional, a subscrição do risco e a regulação dos sinistros requerem uma atenção especial. No caso da subscrição do risco, porque é a partir dela que os bancos irão conceder ou não o financiamento. Os bancos não querem correr riscos desnecessários, daí a importância de uma análise prévia, que proteja seus lastros. Nesse sentido, criamos uma solução diferenciada denominada ÁpiDelphos, que visa garantir que as contratações sejam criteriosas e protejam as partes relacionadas”, descreve.
Também acompanhando os avanços da tecnologia, Elisabete Prado cita o SindDelphos. “Já no caso da regulação do sinistro, as seguradoras precisam estar respaldadas por soluções que demonstrem a sua total credibilidade, pois é quando os segurados “se sensibilizam e enxergam” o produto que compraram. O SinDelphos é uma solução completa para essa tarefa, indo desde o aviso até o pagamento ou negativa, com funções que viabilizam o acompanhamento de todas as etapas dos processos”, explica.
O futuro com a IA – Sobre recente anuncio feito pela Microsoft que declarou que “vai treinar em 3 anos, 5 milhões de brasileiros em Inteligência Artificial, com investimentos de R$14,7 bilhões em infraestrutura de nuvem e IA, a fim de fomentar o ecossistema de IA no Brasil”, a presidente da Delphos menciona: “São números superlativos e não parece fácil pensar num universo de 5 milhões de brasileiros sendo treinados em 3 anos. Mas é uma excelente iniciativa e, com um plano de ação sustentável e recursos financeiros à disposição da empreitada, o objetivo pode ser atingido. O fomento ao ecossistema de IA é uma necessidade inexorável. Na prática, muito da IA – essa gama de diferentes tecnologias que capacitam os computadores a executar uma vasta quantidade de funções variadas e avançadas, incluindo a capacidade de traduzir sentidos vitais, entender e traduzir idiomas, tratar informações e decodificar dados, indicar caminhos e muito mais – já vem sendo disponibilizada em seus diferentes níveis para consumo. Então, a amplificação disso me parece um caminho sem volta”, acredita Elisabete Prado.
Em relação a declaração de Pedro Nazareth, diretor de novos negócios do GetNinjas que afirmou que “a IA vai matar carreiras e criar outras, só resta saber quantas”, a presidente da Delphos faz rápidos comentários. “Não há avanços sem dor. Os progressos civilizatórios sempre passaram por esse dilema, e isso faz parte da história da humanidade. Sem dúvida haverá carreiras que se tornarão obsoletas, cedendo lugar àquelas criadas pela inovação tecnológica. Se olharmos o mundo pelo retrovisor e nos limitando apenas aos anos deste século, já não dá para mensurar quantas carreiras, hábitos ou rotinas foram modificadas”.
E completa “a história nos ensina que todo avanço tecnológico vem acompanhado de mudanças profundas no mercado de trabalho e na sociedade. A Inteligência Artificial é mais uma etapa nesse processo evolutivo, provocando sim a extinção de algumas profissões, mas também abrindo caminho para o surgimento de outras, muitas vezes mais inovadoras e desafiadoras. É uma questão de evolução, e isso requer que o ser humano invista em si mesmo e se reinvente.
É um ciclo natural. Apesar das dores da transição – como o impacto no trabalho de tarefas repetitivas – ela também nos desafia a evoluir, abraçar a criatividade, a empatia e o pensamento crítico, que são habilidades essenciais ao ser humano” finaliza.
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