Ganho de eficiência é prioridade para seguradoras

Setor investe na inteligência artificial e inovação para otimizar operações e impulsionar resultados, explica especialista da consultoria Falconi.

Em um cenário onde as seguradoras conseguem faturamentos superiores a R$ 180 bilhões/ano com prêmios emitidos, também existem oscilações negativas nos ganhos conquistados nos últimos anos – que passaram de um aumento de 21% em 2022 para um crescimento de 9% em 2023, segundo a Superintendência de Seguros Privados (Susep). Para contornar este panorama, as seguradoras avançam no planejamento dos próximos meses de 2025, sendo o ano da eficiência operacional, onde a prioridade é a adoção de práticas de gestão avançadas, com apoio da inteligência artificial (IA) e outras inovações tecnológicas.

De acordo com o vice-presidente da Falconi para soluções de Serviços e Tecnologia, Daniel Oliveira, os próximos meses serão marcados por uma pressão crescente para que as seguradoras aumentem sua eficiência operacional e aprimorem a experiência dos clientes, utilizando dados e soluções digitais para se destacarem em um mercado cada vez mais competitivo.

A busca por essa evolução também possui outra razão. O segmento, nos últimos anos, registrou muitos pedidos de sinistros por conta dos fenômenos naturais que vêm ocorrendo no país, como enchentes e queimadas em diversos estados – o que gerou crescimento de solicitações de indenizações nos ramos rural e patrimonial.

O principal desafio do setor será o uso de soluções como IA, big data e machine learning, soluções cruciais para automatizar processos, aumentar a precisão na análise de riscos e personalizar produtos e serviços, em um contexto onde a demanda por agilidade é crescente”, aponta o executivo. “O investimento em inovações promete transformar áreas como gestão de sinistros e relacionamento com clientes, tornando as operações mais rápidas, precisas e eficientes, além de reduzir custos operacionais”, complementa.

Ao mesmo tempo, o especialista aponta que a aplicação de dispositivos IoT e o uso estratégico de dados estarão no centro das iniciativas de subscrição e precificação de riscos.

Outro ponto relevante são as movimentações “B2B2C”, onde as empresas fazem parcerias com balcões de vendas digitais que oferecem seguros diretamente à suas bases de clientes. O VP da Falconi explica ainda que ações como segmentação e gestão de performance comercial dos canais de distribuição são formas de superar desafios para elevar os ganhos nesse ponto.

Seja com a implantação de CRM, desenvolvimento de cotações automatizadas, ou até a conexão com sistemas bancários, a tecnologia tem um papel importante para potencializar esses canais de vendas”, explica Daniel.

Ao unir gestão e tecnologia, as seguradoras que querem buscar mais eficiência no futuro próximo precisarão adotar uma abordagem estratégica que esteja unida à excelência operacional. O foco na inovação permitirá que as empresas do setor não apenas se adaptem às mudanças, mas também liderem um mercado mais dinâmico, seguro e orientado para o cliente.

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