IA generativa na saúde e a indústria de seguros no Brasil aponta para um futuro de maior personalização, eficiência e prevenção

Confira artigo de Amanda Narcizo Matias, Diretora de Marketing da YIA Broker
IA generativa

Venho há anos estudando bastante sobre a inteligência artificial e o que ela pode proporcionar para o mercado em geral, mas, principalmente, para o mercado de seguros. E sempre é possível enxergar muitas possibilidades de usarmos essa tecnologia a favor de todo o ecossistema.

Hoje, olhando com um foco maior nas áreas da saúde e cuidados, é muito perceptível a revolução que a Inteligência Artificial (IA) generativa traz nesse setor e como está profundamente conectada à indústria de seguros, criando novas oportunidades de inovação, personalização e, principalmente, eficiência. No Brasil, à medida que empresas de saúde adotam a IA para melhorar diagnósticos, tratamentos e a gestão hospitalar, o setor de seguros se beneficia diretamente dessa transformação. Essa sinergia entre saúde e seguros pode redefinir a forma como os clientes são atendidos, protegidos e orientados em suas jornadas de cuidado.

Primeiramente, a IA permite que as seguradoras/operadoras personalizem suas ofertas de maneira muito mais precisa. Com o uso de algoritmos que analisam dados de saúde dos segurados, como exames, histórico médico e comportamentos, as seguradoras conseguem criar planos mais adequados às necessidades individuais. Imagine um cliente que tem predisposição genética para determinadas doenças, como diabetes ou hipertensão. A IA pode prever esses riscos com base nos dados, permitindo que as seguradoras ofereçam produtos personalizados, como programas de prevenção ou acompanhamento médico, com benefícios diferenciados e custos ajustados. Isso impacta toda a cadeia.

Além disso, o uso da IA generativa em hospitais e clínicas, como visto nos exemplos de empresas brasileiras como Dasa e o Hospital Albert Einstein, influencia diretamente o setor de seguros ao aumentar a eficiência nos diagnósticos e tratamentos, e reduzir custos com internações prolongadas ou tratamentos tardios. Diagnósticos mais rápidos e precisos levam a decisões de tratamento mais assertivas, resultando em menos complicações e, consequentemente, menos sinistros para as seguradoras. Isso cria um ciclo virtuoso, onde os clientes são beneficiados por cuidados mais eficazes e as seguradoras reduzem seus custos operacionais, podendo oferecer melhores condições e até preços mais competitivos.

Outro ponto de conexão é o papel da IA na prevenção. Startups como a Laura, que analisam sinais vitais em tempo real, não só salvam vidas ao antecipar problemas, mas também reduzem drasticamente os custos com sinistros relacionados a complicações inesperadas. Operadoras e seguradoras que adotam essas tecnologias podem promover programas de monitoramento preventivo para seus segurados, oferecendo vantagens a quem participa. Isso cria um alinhamento entre a saúde dos clientes e os interesses das seguradoras, gerando mais transparência e confiança no relacionamento.

Essa correlação entre saúde e seguros é ainda mais evidente no ramo dos seguros de vida e saúde, onde a gestão de riscos é uma parte essencial do modelo de negócios. A IA, ao oferecer previsões mais detalhadas e insights mais profundos sobre o estado de saúde de cada indivíduo, permite que as seguradoras façam uma gestão de risco muito mais refinada. Isso resulta em contratos mais justos e personalizados, além de maior precisão nas decisões de subscrição e precificação de apólices.

A IA também pode ajudar na melhoria de atendimento ao cliente. Processos de análise de sinistros e liberações, que tradicionalmente são demoradas e complexas, podem ser agilizados pela IA. A tecnologia pode avaliar a autenticidade e a validade das reclamações de forma rápida e eficiente, garantindo que os clientes recebam suas compensações/autorizações de maneira mais célere e sem burocracia excessiva. Fazer isso aumenta a satisfação do cliente e também reduz os custos operacionais das seguradoras.

A convergência entre a IA generativa na saúde e a indústria de seguros no Brasil aponta para um futuro de maior personalização, eficiência e prevenção. Para os clientes, isso significa uma experiência mais integrada e cuidada, onde suas necessidades de saúde e proteção são atendidas de forma mais eficaz. Para as seguradoras, essa nova era traz oportunidades de inovação e diferenciação, permitindo que ofereçam produtos mais competitivos, ao mesmo tempo em que promovem um cuidado preventivo que beneficia todas as partes. Para o ecossistema, permite o surgimento de muitos parceiros potenciais que possam ajudar a acelerar ainda mais o uso dessa tecnologia no setor.

Ao final, a colaboração entre saúde e seguros, impulsionada pela IA, resulta em um ecossistema onde a tecnologia e o cuidado humano se complementam, trazendo mais segurança, agilidade e resultados. Isso representa não apenas uma revolução tecnológica, mas também uma evolução na maneira como nos relacionamos com nossa saúde e nossa proteção financeira.

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Amanda Narcizo Matias

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Bruna Nogueira