No painel “Caminhos Complementares”, realizado com mediação de Bruno Carvalho, Marcio Fritsch (Aplicap), Leandro Ramos (PROAUTO) e Sérgio Machado (Benemed/Mon Seguros) discutiram os desafios, oportunidades e inovações no setor de seguros e associações mutualistas, abordando desde o público jovem até a importância da confiança e da tecnologia.

Leandro Ramos, presidente da PROAUTO, destacou o surgimento do segmento voltado a públicos excluídos e jovens. “Eu buscava dois públicos em Uberlândia, principalmente na UFU, um público universitário de 18 a 25 anos, que a segurança tradicional não queria. Era um público cujo preço aumentava quando tentávamos oferecer seguro, e muita gente não conseguia contratar. Hoje, com nossa área de tecnologia, conseguimos criar soluções adaptadas às necessidades de cada geração, porque cada uma gosta de ser tratada de uma forma diferente.”

Sérgio Machado compartilhou sua trajetória e o desafio de atuar em um mercado tradicional: “Fui executivo de seguradora por cerca de 30 anos, mas decidi cuidar da minha saúde e da minha família. Tinha cirurgias para fazer e planejava ficar seis meses na praia, mas não consegui ficar parado. Comprei uma oficina, e posso dizer que é um mercado muito tradicional, onde desde a recepção até o atendimento deixa a desejar.” Ele enfatizou a importância de modernizar processos e trazer profissionalismo ao setor.

Ramos também destacou a evolução das associações e a importância da confiança: “Nosso mercado tinha muitos rótulos negativos, como seguro pirata ou mercado marginal. Muitas associações agiam assim por falta de conhecimento técnico ou por pressão. Desde a sanção da lei, a PROAUTO vem construindo três pilares fundamentais: entrega rápida aos parceiros, processos transparentes e lealdade à equipe comercial, especialmente aos corretores.”

Já Marcio Fritsch, diretor da Aplicap, ressaltou a conexão entre tendências de consumo, responsabilidade social e filantropia: “Quando olhamos os últimos dois anos, nosso produto carro-chefe combina a experiência lúdica de participar de sorteios com a oportunidade de ajudar instituições filantrópicas. Recebemos relatos inspiradores, como de um hospital no interior de São Paulo que garante o tratamento de 80 crianças com câncer graças aos recursos da capitalização. As pessoas querem ajudar, mas muitas vezes não sabem como, e é aí que nosso trabalho faz diferença.”

A conversa evidenciou que, apesar dos desafios estruturais e regulatórios, a inovação tecnológica, a transparência e o olhar para diferentes gerações são fundamentais para que associações e seguros mutualistas se consolidem e conquistem a confiança.