Mercado de seguros alcançará participação de 6,4% no PIB e crescimento acima de 10% em 2025

Em 2024, setor deve atingir R$ 747,3 bilhões em arrecadação; Dados são da CNseg
Dyogo Oliveira

O mercado segurador brasileiro continua a demonstrar sua resiliência e dinamismo. De acordo com a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor deve registrar um crescimento de 10,1% em 2025, impulsionado por avanços expressivos em seguros de pessoas, saúde suplementar e previdência aberta. A projeção otimista foi divulgada durante coletiva de imprensa realizada em São Paulo, destacando o papel essencial do seguro na economia nacional e os desafios que o setor enfrentará nos próximos anos.

A arrecadação total do setor segurador deve atingir cerca de R$ 747,3 bilhões em 2024, um crescimento de 11,6% em relação a 2023, e deve manter uma trajetória ascendente em 2025. O destaque fica para os segmentos de Cobertura de Pessoas, com alta projetada de 9,5%, e para a Saúde Suplementar, que deve crescer 10,9% no próximo ano. Já os produtos de Danos e Responsabilidades devem apresentar um avanço de 8,2%.

Além disso, a participação do setor no PIB deve alcançar 6,4% em 2025, confirmando a tendência de crescimento contínuo e consistente desde o início da década. “Esse resultado é fruto de investimentos massivos em tecnologia e inovação, que somaram cerca de R$ 20 bilhões em 2024, além do esforço conjunto das seguradoras para atender à crescente demanda por proteção e segurança financeira no país”, destacou o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.

Prioridades estratégicas para 2025

Entre as prioridades estabelecidas pela CNseg para o próximo ano, destacam-se:

  1. Adaptação à nova Lei do Contrato de Seguro – Sancionada recentemente, a lei entra em vigor em dezembro de 2025, exigindo uma série de ajustes e boas práticas no setor. A CNseg planeja lançar um manual de interpretação no início do próximo ano para orientar as seguradoras nessa transição.
  2. Regulamentação da Reforma Tributária – Outro grande desafio será a adaptação à nova estrutura tributária do país, que pode impactar diretamente as operações das seguradoras e a oferta de produtos.
  3. Expansão do Seguro Rural – Com o aumento dos riscos climáticos, o seguro rural será um dos focos de crescimento, buscando proteger o agronegócio brasileiro de eventos extremos que afetam diretamente a produção e a economia do país.

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