Painel do XIII Workshop da Gente Seguradora debate estratégia, comportamento e execução comercial no mercado de seguros

Painel reuniu especialistas em uma discussão sobre resultados comerciais consistentes no mercado de seguros.

No primeiro dia do Workshop da Gente Seguradora, dia 26, em Nova Petrópolis, o painel “A Natureza de Quem Vende Grande: Convite para Quem Quer Mudar de Patamar” reuniu especialistas em uma discussão sobre resultados comerciais consistentes no mercado de seguros. Mediado pela jornalista Júlia Senna, o debate trouxe as visões do consultor Clóvis Lumertz, CEO da Allcon Consultoria de Resultados; de Otávio Gozzo, da ST Administradora e Corretora de Seguros; e de Gilberto Wallerius, da MGW Corretora.

O encontro partiu de uma provocação essencial: vender não é arte, é método. Para Clóvis Lumertz, compreender o comportamento humano — tanto do cliente quanto do vendedor — é o ponto de partida em estratégias comerciais. “O tempo emocional, o racional lento, ele quer trezentas formulações, mais duas planilhas, compara, liga pra trinta caras. O emocional rápido é aquele cara que você diz pra ele: vai, te atira, o magrão vai. E o racional rápido é aquele que diz: portanto eu fecho”, explicou, ao classificar quatro perfis de decisão. “Qual é o melhor limite? O rápido.

Em seguida, Clóvis apresentou o timing como fator crucial. Conforme o especialista, 80% do processo deve ocorrer antes da janela de decisão, 15% deve ser executado durante essa janela e apenas 5% pode ser reservado à fase posterior. Essa lógica, segundo ele, é válida para qualquer estratégia de vendas; aqueles que se antecipam, colhem primeiro. “Quanto antes chegar à carteira do cliente, melhor. Por isso que quem arranca bem, garante o ano”, resumiu.

A conversa então migrou para práticas de mercado. Otávio Gozzo destacou que a segmentação evoluiu não apenas como estratégia comercial, mas como necessidade operacional. “A simuladora separa muito bem alguns segmentos que ela curte, e trata esses segmentos de forma especializada. Eles conseguem entregar continuidade, conseguem absorver mudanças rápidas e comunicar de forma eficiente”, explicou. De acordo com o executivo, o pós-venda é decisivo — e muitas vezes o ponto de ruptura entre o que foi prometido e o que é entregue. “Recebo com muita frequência pedidos de ajuda e orientações. A pessoa não está conseguindo enxergar aquela abordagem positiva que, no momento da venda, alguém disse que existia.

Gilberto Wallerius ampliou o debate com um recorte sobre comportamento de equipe e maturidade comercial. “Se uma pessoa vem com uma energia que não fecha, eu entendo que o vendedor tem que nascer um pouco nisso. Claro, tem que entregar o que promete, mas a pessoa precisa ter algo dentro”, afirmou. Ele reforçou que a consistência — e não apenas o entusiasmo inicial — é o que diferencia equipes duradouras. “A gente vai ter que testar um pouco mais de tempo, dar persistência. Mas os custos de treinar, de desenvolver gente, são altos. É preciso responsabilidade.

O uso de tecnologia também entrou em pauta. Segundo Otávio, a automação já é parte da rotina. “A venda, do início ao bloqueio, acontece praticamente inteira via WhatsApp. Hoje usamos quatro ferramentas diferentes, cada uma com um motivo distinto”, explicou. A única exceção, diz ele, reside na formalização por e-mail, que ainda é necessária à auditoria. Há possibilidade de uma verificação futura. No entanto, a operação comercial em si já acontece em velocidade máxima.

Ao final, o painel reforçou uma mensagem comum: vender bem é um processo que exige preparo, método, leitura de comportamento e capacidade real de entrega. É técnica e é ritmo — mas também é atitude.

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Filipe Tedesco

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Fernanda Torres

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