PDMS e Legislação: painel do Brasesul 2025 discute transformações securitárias

Discussões de alto nível ocorreram na manhã desta sexta-feira. O segundo painel do Brasesul, mediado por Ricardo Pansera, vice-presidente do Sincor-RS, reuniu um time de especialistas e líderes do setor para abordar o Plano de Desenvolvimento do Mercado de Seguros (PDMS), catástrofes, impactos da nova legislação e a visão do consumidor.

Entre os painelistas estavam Alexandre Leal, diretor técnico e de estudos da CNseg; Ney Dias, presidente da Fenseg; Armando Vergilio, presidente da Fenacor; Ricardo Azeredo, representante do Sistema Fecomércio Sesc e Senac; Alceu Moreira, deputado federal; Orlando Pessuti, ex-governador do Paraná e atual secretário do Codesul; e Joaquim Mendanha, presidente da Ibracor.

Estamos aqui desde cedo discutindo temas de suma importância, com personalidades que representam a indústria de seguros, a sociedade e a política. Essa troca é essencial para construirmos soluções que fortaleçam o nosso mercado e tragam mais segurança para consumidores e empresas“, destacou Ricardo Pansera na abertura.

PDMS e catástrofes naturais

Armando Vergilio, presidente da Fenacor, destacou a relevância do plano para o avanço do setor e ressaltou que ele demanda constante atualização.

O PDMS é um conjunto de propostas que estabelece desafios e metas. Ele não é um plano fechado, pelo contrário, é um projeto vivo que precisa ser revisado constantemente para se adaptar às necessidades da sociedade“, afirmou.

Alexandre Leal, diretor técnico da CNseg, reforçou o impacto econômico do setor e a importância da transparência na comunicação com o consumidor.

O mercado segurador já ultrapassou R$ 750 bilhões em arrecadação em 2024, movimentando mais de R$ 1,2 trilhão em transações entre seguros, previdência, capitalização e saúde suplementar. Esses números mostram a força do setor e a sua capacidade de contribuir com a economia. Mas, além da arrecadação, precisamos focar na educação financeira e na conscientização da população sobre a importância do seguro“, afirmou.

Dentro do contexto de desastres naturais, o deputado Alceu Moreira refletiu sobre a comunicação entre o setor e a sociedade, enfatizando a importância de expandir a compreensão do seguro, especialmente no agronegócio.

O agro, por muito tempo, teve dificuldades em se comunicar com a população, o que gerava resistência e até críticas ao setor. Quando mudamos a estratégia e passamos a dialogar diretamente com as pessoas, mostramos como o agro está presente no dia a dia de todos“, enfatizou.

Orlando Pessuti, ex-governador do Paraná e secretário do Codesul, chamou a atenção para a necessidade de regulamentação do Fundo de Catástrofe, aprovado em 2010 e ainda sem implementação efetiva.

Essa regulamentação precisa avançar. O seguro tem um papel fundamental na mitigação de riscos e na reconstrução das áreas afetadas por desastres naturais. O setor segurador e o Estado precisam trabalhar juntos assegurando eficiência à população”, afirmou.

Pilares da satisfação

A visão do consumidor também foi um dos pontos centrais do debate. Ricardo Azeredo, gerente do Núcleo Administrativo da Fecomércio-RS, destacou que o consumidor precisa de mais clareza na contratação dos seguros.

O consumidor precisa entender exatamente o que está contratando. É essencial que todas as informações sobre coberturas e exclusões sejam apresentadas de forma clara e acessível. Os corretores têm um papel fundamental nesse processo, garantindo que o segurado faça uma escolha informada e consciente“, pontuou.

Os painelistas reforçaram que, além da oferta de produtos, a indústria securitária deve investir em educação e conscientização para queas apólices sejam vistas como um elemento necessário de proteção financeira. “Os corretores desempenham um trabalho profundo e dedicado, colocando-se à disposição para esclarecer dúvidas no momento da contratação. Com ampla experiência, atuam com zelo para garantir um atendimento preciso“, complementou Azeredo.

A discussão proporcionou uma oportunidade de novas ideias e aprendizado. Em um cenário econômico dinâmico, enfatizaram o empenho das seguradoras, corretoras e entidades reguladoras em consolidar a cultura do seguro no Brasil, proporcionando mais segurança e proteção à população.

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Helena Toniolo