Seguro Condomínio cresce 28% no Rio Grande do Sul

Expansão do produto, registrada entre janeiro e novembro de 2024, reflete um maior entendimento e valorização das coberturas oferecidas pelo produto
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O Seguro Condomínio no Rio Grande do Sul registrou um crescimento de 28,2% no acumulado de 2024 até novembro, na comparação com o mesmo período de 2023, com uma arrecadação de R$ 93,77 milhões, de acordo com levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras.

O valor pago em indenizações, por sua vez, foi ainda maior, atingindo a cifra de R$ 94,46 milhões e representando um crescimento de 16,5% em relação a 2023.

Com base na Lei 4591/64, o Seguro Condomínio é de contratação obrigatória em condomínios de uso residencial ou comercial. Sua contratação e renovação são de responsabilidade do síndico, como definido pelo artigo 1.348 do Código Civil.

Para Magda Truvilhano, vice-presidente da comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), a expansão da arrecadação deste seguro está diretamente relacionada ao maior entendimento e valorização das coberturas oferecidas, que abrangem uma variedade de riscos que antes podiam ser negligenciados pelos gestores e moradores.

“Os condomínios estão cada vez mais expostos a sofrer danos, especialmente por intempéries como vendavais ou alagamentos, e o seguro que cobre danos a este patrimônio comum tem sido fundamental para a recuperação e habitabilidade do edifício de forma rápida e eficiente, em caso de prejuízos”, afirma a executiva. Além disso, Truvilhano destaca outra importante cobertura, que tem atraído o interesse de síndicos e administradores imobiliários: a de Responsabilidade Civil, que protege o condomínio contra eventuais ações judiciais movidas por terceiros devido a eventos de sua responsabilidade.

Além dessas coberturas, a representante da FenSeg destaca a oferta de assistências técnicas embutidas no seguro como outro fator determinante para o aumento na contratação do produto. Os serviços oferecidos pelas seguradoras incluem desde reparo elétrico e hidráulico, passando por manutenção de portões, até contratação de zelador substituto.

Já em relação ao fato de o pagamento de indenizações no período ter sido maior que o valor arrecadado, a vice-presidente da comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg afirma que “essa diferença pode ser explicada, em parte, pelos eventos climáticos adversos, como as enchentes que afetaram o estado e que estão incluídos no período de análise. Quando situações extraordinárias como essas ocorrem, a demanda por indenizações tende a aumentar consideravelmente, superando o crescimento da arrecadação naquele momento. No entanto, é importante destacar que o crescimento da arrecadação também reflete a resiliência do setor, que segue trabalhando para garantir que a cobertura oferecida aos segurados esteja alinhada com essas eventualidades.”

A cobertura do Seguro Condomínio, informa a cartilha “Seguro de Condomínio: tudo que você precisa saber”, abrange o prédio, áreas comuns, anexos, bens e equipamentos exclusivos do condomínio e estrutura das unidades autônomas. Sua cobertura básica cobre riscos de incêndio, queda de raio e aeronave dentro do terreno segurado, além de explosões de qualquer natureza, podendo ser agregadas coberturas adicionais, com o contratante determinando a verba para cada cobertura.

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Bruna Nogueira