A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados promoveu, nesta terça-feira (26), uma audiência pública para discutir o papel do setor de seguros diante dos impactos das mudanças climáticas. O debate foi solicitado pelo deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) e reuniu autoridades do governo, representantes do mercado segurador e especialistas em riscos globais.
A transição climática já vem gerando perdas econômicas e sociais significativas, com eventos extremos cada vez mais frequentes e intensos. Apenas em 2024, os desastres naturais resultaram em prejuízos globais de US$ 368 bilhões, dos quais apenas 40% estavam segurados. No Brasil, incêndios florestais atingiram 15,4 milhões de pessoas na Amazônia e as chuvas intensas no Rio Grande do Sul geraram prejuízos estimados em R$ 100 bilhões.
Seguro como pilar estratégico
O secretário nacional de Mudança do Clima, Aloísio Lopes, destacou que o Brasil precisa estar melhor preparado: “Essas mudanças climáticas vão continuar. O papel do seguro nisso é crucial. O setor tem a maior capacidade de traduzir essa mudança no perfil de risco em variáveis orientadoras”. Ele ressaltou ainda dois eixos de atuação: adaptação ao novo contexto e inclusão de variáveis climáticas em investimentos de infraestrutura e concessões.
O superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, reforçou que o momento exige pensar grande: “O mercado de seguros tem uma contribuição direta para enfrentar esses desafios. No Rio Grande do Sul, vimos uma belíssima mobilização humanitária do setor, mas enquanto as seguradoras indenizaram cerca de R$ 6 bilhões, a reconstrução exigiu R$ 100 bilhões. É nesse gap que precisamos avançar”. Octaviani lembrou ainda que o seguro é capaz de proteger não apenas a decisão individual, mas também o macro, com instrumentos coletivos de mitigação de riscos.
“A inação será severamente punida. O setor de seguros está investindo ativamente para criar soluções”, enfatizou Oliveira.
O diretor do IRB, João Rabelo, alertou que o número de desastres climáticos registrados quintuplicou em 33 anos. Para ele, o resseguro potencializa a capacidade das seguradoras de proteger famílias e patrimônios. Rabelo citou modelos adotados no Japão e na Jamaica, em que o Estado utiliza a estrutura das seguradoras para ampliar a resposta aos desastres.
“As soluções estão à disposição do mercado. O desafio é fomentar o acesso aos seguros, tanto no setor privado quanto em ativos públicos, como rodovias, escolas e hospitais. O seguro é essencial para que a resposta venha no momento certo”, afirmou.
A audiência também contou com a participação da subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Cristina Fróes, que anunciou a aprovação dos primeiros cadernos da taxonomia brasileira, marco regulatório que irá orientar investimentos sustentáveis no país.
Crédito foto:
Crédito texto:
Publicado por:
Desde 1999, nos dedicamos a disseminar informação segura, inteligente e de alta qualidade para o mercado de seguros. Nossa missão é ser a voz e a imagem de um setor essencial, que desempenha um papel crucial na proteção e no planejamento das vidas das pessoas.
Com compromisso e credibilidade, trabalhamos para conectar profissionais, empresas e consumidores, promovendo uma compreensão mais ampla e acessível sobre a importância dos seguros. Nosso objetivo é não apenas informar, mas também inspirar e fortalecer a confiança em um mercado que impacta diretamente a segurança e o bem-estar da sociedade.
JRS.Digital
CNPJ – 41769103000106
Endereço:
Av. Diário de Notícias, 200 – 1.406
Cristal, Porto Alegre (RS)
CEP: 90810-080
Telefone:
(51) 98140-0475 | (51) 99314-9970
Conteúdo e pauta:
redacao@jrscomunicacao.com.br
Comercial:
julia@jrscomunicacao.com.br
Desenvolvido por B36 Marketing | Todos os Direitos reservados JRS.DIGITAL