Seguros para carros elétricos ficam mais baratos no Brasil

Dados da Agger apontam para preços competitivos
André Marques Billy

O mercado de seguros para veículos elétricos no Brasil está reduzindo os preços das apólices. A Agger apontou uma retração entre 7% e 13% nos valores, uma tendência que reflete a crescente competitividade das seguradoras em um setor em expansão. Já a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) endossa esse cenário, ao registrar números 300 mil veículos elétricos e híbridos leves em circulação no país, de diferentes tecnologias de eletrificação

Em julho de 2024, o Brasil atingiu uma marca histórica de 15.312 emplacamentos de veículos eletrificados leves, alcançando os melhores resultados do ano. Com isso, o acumulado de vendas de janeiro a julho ultrapassou as vendas totais de 2023, superando as 94.000 unidades, o que representa uma evolução importante para o setor de eletro mobilidade no país.

No entanto, apesar do crescimento, os preços de apólices de carros elétricos ainda seguem uma lógica semelhante à dos automóveis movidos a combustível fóssil. Como explica André Marques, COO da Agger, “cada seguradora tem sua própria análise de precificação, mas as coberturas são as mesmas de um carro a combustão”. O executivo ressalta que depende de variáveis como o valor do veículo, o perfil do motorista, a localização, além dos índices de roubo e furto, fatores comuns à precificação de qualquer outro modelo de automóvel.

Em termos de custo, a média pode variar de 5% a 10% do valor do veículo, conforme os dados revelados pelo estudo. “À medida que o mercado de carros elétricos cresce, a expectativa é que esses preços se tornem competitivos. Assim como qualquer outro tipo de automóvel, antes de adquirir um modelo híbrido ou elétrico, é importante que ele realize uma pesquisa de mercado para comparar diferentes cotações de seguro e entender qual delas melhor se adapta às suas necessidades”, afirma Marques.

As coberturas estão sendo ajustadas para incluir componentes específicos dos carros elétricos, como baterias e sistemas de recarga, levando em consideração as particularidades técnicas desses veículos na definição dos preços. “O carro elétrico já é algo que entrou na vida dos brasileiros. A busca por alternativas mais sustentáveis ao transporte convencional tem impulsionado as vendas de eletrificados. Esse movimento reflete tanto o aumento nas vendas de veículos eletrificados quanto a busca por alternativas de transporte mais sustentáveis”, observa o executivo.

No mercado segurador, a média de idade do consumidor é de 45 anos, com uma predominância masculina, que representa 55,8% do total, enquanto o público feminino corresponde a 39,2%. Espera-se que o setor securitário persista em sua adaptação para satisfazer as demandas dos clientes, desenvolvendo soluções acessíveis e apropriadas.

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Fernanda Torres

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Bruna Nogueira