O segundo semestre de 2025 se inicia com um dos cenários monetários mais restritivos das últimas duas décadas no Brasil. A manutenção da taxa Selic em 15% ao ano pelo Banco Central, embora acompanhada da sinalização de que o ciclo de altas chegou ao fim, continua a pressionar o crédito, o consumo e as decisões de investimento das empresas. Diante de um quadro que favorece a renda fixa, a grande questão para o investidor é: o que esperar da Bolsa brasileira até o final do ano? Para Alexandre Siqueira, investor senior e coordenador de assessoria de investimentos do Grupo Fractal, o momento exige cautela no curto prazo, mas pode representar uma das melhores oportunidades de investimento da década.
Siqueira explica que o patamar elevado dos juros, por si só, justifica uma postura mais defensiva, já que torna os ativos de risco, como as ações, menos atraentes. “Atualmente, a economia brasileira atravessa um cenário contracionista, com a taxa de juros em 15%. Esse contexto reduz a atratividade de ativos de risco e favorece investimentos em renda fixa. Além disso, o custo da dívida para as empresas aumenta, o que pode impactar negativamente sua lucratividade”, afirma Siqueira.
Contudo, o especialista destaca que uma análise mais profunda revela uma resiliência e um potencial de valorização significativos no mercado acionário brasileiro. O principal indicador disso é o Preço/Lucro (P/L) do Ibovespa, que se encontra em 9,10x, bem abaixo da média histórica de 20 anos, de 10,92x. “Esse indicador sugere que o tempo necessário para o investidor recuperar o valor investido na bolsa é menor do que a média histórica, além de sinalizar um desconto no valuation do mercado acionário. Olhando para o futuro, a curva de juros e as expectativas do mercado, conforme o Boletim Focus, já indicam um movimento de queda, cenário que pode beneficiar enormemente os ativos de maior risco”, pontua.
A combinação de um valuation atrativo com a perspectiva de um futuro ciclo de afrouxamento monetário leva Siqueira a fazer uma comparação com o passado recente, reforçando o otimismo para o médio e longo prazo. “O momento atual pode representar uma das grandes oportunidades da década para alocação em renda variável. Vale lembrar que, na última vez em que a Selic esteve próxima de 14%, o Ibovespa estava em torno de 50 mil pontos e, com a queda dos juros, houve forte valorização dos ativos de risco, com o índice superando os 100 mil pontos”, recorda.
No entanto, o especialista do Grupo Fractal alerta que o caminho não será livre de volatilidade. O principal fator de risco no curto prazo continua sendo o ambiente fiscal. “O cenário fiscal segue desafiador e pode ser um fator limitante para uma melhor performance dos ativos. A falta de avanço nas pautas fiscais impacta diretamente a saúde financeira do país, o que, no futuro, pode pressionar a inflação e adiar o início de um ciclo mais consistente de queda nos juros. Como resultado, a bolsa pode permanecer lateralizada, refletindo a insegurança dos investidores diante do quadro fiscal incerto”, finaliza Siqueira.
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