Solidariedade em meio ao caos: as chuvas que transformaram Santa Catarina

Um grupo de trabalhadores está a trabalhar numa área inundada

Santa Catarina amanheceu sob um céu carregado e um cenário desolador. Desde o dia 16, as chuvas incessantes alteraram a rotina da população, afetando comunidades que enfrentam alagamentos, deslizamentos e perdas. Até o momento, segundo informações da Secretaria da Proteção e Defesa Civil do Estado, 320 pessoas estão desabrigadas, 995 desalojadas e 13 municípios, incluindo Florianópolis, já decretaram emergência.

Em Biguaçu, o acumulado de chuva chegou a impressionantes 434,8 mm em 48 horas. Camboriú, com cerca de 7 mil casas afetadas, viu histórias de desespero se transformarem em exemplos de coragem. Foi lá que uma grávida, ilhada pela enchente, deu à luz com a ajuda de um funcionário da Defesa Civil. Mãe e bebê passam bem, um pequeno milagre em meio à adversidade.

“É um momento realmente preocupante, todos nós fomos pegos de surpresa. Agora é focar nas pessoas, garantir a vida, o cuidado e a segurança”, disse a prefeita de Balneário Camboriú, Juliana Pavan, em um apelo emocionado à população.

O Corpo de Bombeiros alerta que o perigo ainda não passou. O solo encharcado e a previsão de mais chuva formam uma combinação perigosa para novos deslizamentos, especialmente na Grande Florianópolis e no litoral norte. “Recomendamos que as pessoas em encostas ou áreas já afetadas fiquem atentas a sinais de perigo, como trincas no solo ou rachaduras em estruturas. Não ignorem os sinais. Busquem abrigo seguro ao menor indício de risco”, orientou o tenente-coronel Zevir Aníbal Cipriano Júnior.

Enquanto famílias tentam reconstruir, surge a necessidade de refletir sobre a importância de proteger vidas e patrimônios contra os impactos de desastres naturais. Marco Lopes, superintendente de relacionamento comercial da REP Seguros, aponta que eventos como esse mostram o papel essencial de seguros bem estruturados.

“Todos os seguros, de alguma forma, prevêem coberturas para desastres naturais. Nos seguros patrimoniais, como os de empresas, residências e até automóveis, há proteções contra danos causados por alagamentos, vendavais, granizo e quedas de raios. No entanto, é fundamental que os clientes tenham cuidado ao contratar essas coberturas de forma adequada. Por exemplo, uma empresa exposta a fortes ventos deve incluir a cobertura de vendaval em sua apólice. Para isso, é essencial realizar uma análise correta dos riscos, avaliando dados históricos e o contexto específico, para identificar o que pode ocorrer e garantir a devida proteção”, explica.

A força das águas trouxe destruição, mas também evidenciou a resiliência de um povo que não se deixa abater. Assim como no Rio Grande do Sul, em maio de 2024, gestos de solidariedade, como o resgate de vidas e o acolhimento de desabrigados, mostram que a humanidade se mantém firme mesmo diante das adversidades mais severas.

Nesse processo, a conscientização sobre o seguro também se torna essencial. Garantir proteção adequada, tanto para famílias quanto para empresas, é uma medida preventiva que pode mitigar os impactos de futuros desastres naturais. Investir em apólices bem planejadas não apenas reduz prejuízos financeiros, mas também ajuda na recuperação, permitindo que comunidades, como as de Santa Catarina, tenham maior resiliência para enfrentar os desafios impostos pelas forças da natureza.

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Fernanda Torres

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Bruna Nogueira