O primeiro dia do CONEC 2025 trouxe o Talk Show com a Susep. Em clima de troca construtiva, representantes do órgão regulador e lideranças do setor compartilharam visões diante das novas normas e das rápidas transformações tecnológicas. No palco, estavam Airton Almeida, diretor de Regulação Prudencial e Estudos Econômicos da Susep, ao lado de Boris Ber, presidente do Sincor-SP, Simone Fávaro, 1ª vice-presidente, e Braz Romildo Fernandes, 2º vice-presidente da entidade.

Ao abrir a conversa, Simone Fávaro destacou a relevância da pauta e pediu que Braz Fernandes iniciasse o primeiro questionamento. A provocação foi sobre a aplicação da Lei Complementar 213.

Em resposta, Airton Almeida ressaltou que a norma abre espaço a possibilidades. “Eu vejo uma oportunidade para com as seguradoras, resseguradoras, corretores de seguros, instituições de ensino, auditores e advogados. Estamos falando de proteção patrimonial mutualista, ou seja, de seguros e de proteção. É um campo que pode ser ampliado com a participação de todos”, afirmou.

O diretor lembrou que o processo que resultou na norma vem sendo discutido há mais de uma década e já passou por duas consultas públicas. “Essa lei traz novos direitos, deveres e obrigações aos corretores de seguros, além de prever como a Susep enxerga a educação continuada. É um capítulo importante desse livro, mas que precisa da participação de todos para ser aperfeiçoado. A consulta pública ficará aberta por 45 dias”, acrescentou.

Outro aspecto discutido foi como a Susep está se aproximando de tecnologias. Airton apresentou iniciativas em andamento, como o acordo de cooperação técnica firmado com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). A criou o Susep Lab, que já tem três projetos em andamento, entre eles a utilização de inteligência artificial na supervisão e fiscalização das entidades supervisionadas.

O talk show mostrou a Susep como peça-chave na construção de um mercado transparente e contemporâneo, capaz de acompanhar as transformações em curso. Ao mesmo tempo, destacou que a jornada só será possível com a participação ativa de corretores, seguradoras e os profissionais que fazem o setor acontecer no dia a dia.