A edição 2025 da Conseguro, promovida pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), iniciou na terça-feira (27), no World Trade Center, em São Paulo (SP), com debates estratégicos sobre os rumos do setor frente à transformação tecnológica, à crise climática e ao novo marco regulatório do seguro brasileiro.
Na sessão de abertura, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, destacou a importância da união do setor diante das incertezas regulatórias e da baixa compreensão da sociedade sobre o papel do seguro. “Investimos R$ 20 bilhões em tecnologia só em 2024, mas 80% da população ainda não entende o que é ‘prêmio’ de seguro. Precisamos parar de falar ‘segurês’ e começar a falar português”, afirmou. Para ele, a transição climática já é uma realidade: “A avalanche do risco climático chegou, não está mais no horizonte de 10 anos.”
Ao lado de autoridades como o ministro do STF Luiz Fux, o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, e o presidente da Fenacor, Armando Vergílio, o evento também trouxe à tona a necessidade de maior segurança jurídica, inovação responsável e uma atuação mais próxima da sociedade.
Tecnologia, disrupção e humanidade
Na sessão especial “Seguros 4.0”, o futurista David Roberts (CEO da GEDI) provocou os presentes com previsões ousadas: “Vocês estão na indústria do país mais vulnerável do mundo. Se não causarem uma disrupção em seus próprios modelos, outros farão isso.” Ele reforçou que o futuro exigirá adaptações radicais: “No futuro, não existirão volantes. E se o seu médico não estiver usando o ChatGPT, talvez seja melhor procurar outro.” Para Roberts, a inteligência artificial deve libertar os humanos para focarem no que realmente importa: empatia, decisões e conexões.
Seguro para tudo e todos
No painel com Roberto Santos (CNseg), Nilton Molina (MAG) e Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), o foco foi o papel do seguro em uma sociedade em constante transformação. “A base da indústria do seguro é: um por todos, todos por um”, reforçou Trabuco. Já Molina provocou: “A disrupção atinge o amor, a amizade? Quando penso em seguros, penso na pessoa humana.”
Clima no centro das decisões
Durante o painel sobre transição climática, Edward Lange, líder de estratégia do Grupo Sancor Seguros, defendeu a obrigatoriedade das coberturas contra desastres naturais como forma de ampliar a proteção. “Vemos uma evolução clara desde a Resolução 666 de 2021, mas ainda enfrentamos o paradoxo de querer proteger mais e, ao mesmo tempo, excluir riscos crescentes”, afirmou.
Edson Franco, presidente da FenaPrevi, complementou: “O seguro não vende indenização. Ele compra risco. E risco climático está no coração do nosso negócio.”
Inovação, dados e inclusão
No painel sobre tecnologia, Ana Paula Schmeiske (MAPFRE) e Denis Morais (FenaCap) trouxeram dados sobre o investimento em inovação: 77% das seguradoras brasileiras já destinam até 5% de sua receita para esse fim. “Não adianta ter IA se você não tem uma dor real para resolver”, lembrou Daniel Calero (TMT). Já Nuno Vieira (EY) chamou atenção para o desafio da inclusão: “Apenas 17% da população tem seguro de vida. Precisamos redesenhar a distribuição para alcançar os 80% que ainda estão fora do mercado.”
Regulação como vetor de desenvolvimento
Encerrando a manhã, o Diálogo Regulatório trouxe insights sobre o futuro das normas do setor. Alessandro Octaviani reforçou que a nova regulamentação da proteção patrimonial mutualista e a implementação das Leis Complementares 213 e 15040 seguem em construção, em processo de escuta pública. “O Brasil tem que pensar grande. E o setor de seguros é uma das engrenagens estratégicas para esse futuro”, declarou.
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