Em meio à instabilidade econômica, brasileiros recorrem ao seguro de vida como estratégia de planejamento financeiro

Dados apontam que 65% dizem se preocupar com o futuro econômico, enquanto mais da metade da população relata sentir alto nível de estresse.

Diante de um cenário econômico marcado por situações de instabilidade, os brasileiros têm adotado uma postura mais cautelosa em relação às finanças pessoais, tornando o seguro de vida uma ferramenta estratégica nesse movimento de planejamento financeiro. Para se ter ideia desse panorama, de acordo com uma pesquisa da FenaPrevi em parceria com o Datafolha, cerca de 65% da população está preocupada com o futuro financeiro, enquanto o levantamento Raio X do Investidor Brasileiro, da ANBIMA, aponta que 51% relatam alto nível de estresse com a gestão do dinheiro.

Esse contexto tem impulsionado o crescimento da demanda por seguros de vida com coberturas mais amplas e acionáveis em vida, como proteção para diagnósticos de doenças graves, invalidez ou perda temporária de renda. Antes vistos como produtos voltados apenas à sucessão patrimonial, os seguros agora fazem parte ativa das estratégias de organização financeira — especialmente entre os mais jovens.

Eduardo Feldberg, criador do Primo Pobre, canal de educação financeira,  destaca que o seguro de vida ainda é pouco compreendido por muitos brasileiros, mas tem papel essencial na construção de segurança financeira. “Seguro de vida não é só para caso de morte, não. Ele é uma ferramenta bem importante para cuidar, ainda em vida, do patrimônio e conseguir proteger o que a gente rala tanto para poder conquistar”, afirma.

Dados da Azos, insurtech referência em soluções para seguro de vida, revelam que houve um aumento de 88,17% no número de apólices contratadas entre 2023 e 2024, com destaque para as faixas etárias de 20 a 24 anos (139%) e 25 a 29 anos (118%). Esse movimento evidencia uma mudança geracional na forma como o seguro de vida é percebido. Além disso, mais de 60% dos contratos firmados incluem coberturas que podem ser acionadas em vida, como antecipação para tratamento de câncer e assistência financeira emergencial.

O seguro de vida deixou de ser apenas um instrumento de proteção para os outros. Hoje ele é também uma ferramenta de preservação da estabilidade financeira do próprio segurado”, afirma Rafael Cló, CEO da Azos.

Apesar dos avanços, a penetração do seguro de vida no Brasil ainda é baixa. Segundo levantamento da FenaPrevi, menos de 20% da população possui algum tipo de cobertura, revelando o tamanho da oportunidade e do desafio.

Existe uma lacuna enorme entre a percepção de risco e a proteção contratada. Nosso papel é reduzir essa distância, mostrando que o seguro de vida não é um produto elitizado, mas uma solução viável, eficaz e cada vez mais necessária para enfrentar o presente e proteger o futuro”, comenta Cló.

A expectativa do setor é de que esse movimento se intensifique nos próximos anos, impulsionado pela digitalização, pelo surgimento de produtos mais acessíveis e pela crescente conscientização sobre a importância da proteção financeira individual.

A grande questão é que à medida que o planejamento financeiro ganha espaço no comportamento das famílias brasileiras, o seguro de vida deixa de ser visto como um custo de longo prazo e passa a integrar um conjunto de decisões práticas para proteção da renda, da saúde e do patrimônio. O seguro de vida também deve ser visto como uma forma de autonomia”, conclui o CEO da Azos.

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