Você mulher que trabalha no mercado segurador, já ouviu falar sobre objetivo 5 da agenda da ONU 2030?
Tive a oportunidade de ter a publicação do artigo completo no E-book “Elas na Advocacia” 20251, da Comissão da Mulher Advogada da OAB/RS, a qual sou membro, contendo informações, sobre a pesquisa realizada pela Escola de Negócios e Seguros, e convido “fazer um download”, no link abaixo.
Bem, mas, antes, uma breve explanação do que se trata agenda 2030. São os objetivos de desenvolvimento sustentável ou ODS, sigla que carrega a responsabilidade de unir países com propósitos de ampla abrangência social, ambiental, econômica e institucional de compromisso, através de políticas governamentais isoladas ou em parceria com empresas privadas na busca de erradicar pobreza, desigualdades sociais, degradação ambiental, dentre outros objetivos.
Nesse sentido, a agenda 2030 está estruturada numa visão transformadora para fornecer estratégia aos países com guia prático para que possam alinhar políticas de implementação, investimentos e ações, acompanhamento de processos e avaliação de resultados.
Outro aspecto relevante é a cooperação pública, privada, e internacional, a utilização de inovação tecnológica, e o fortalecimento institucional para o alcance das metas.
Diante desse cenário, no Brasil, os números infelizmente não são animadores. Se analisados os dados, desde a implementação da Agenda 2030, com investimentos financeiros, e observando os resultados podemos ter as seguintes informações:
Os investimentos nacionais foram muito pequenos entre 2019-2022 e desde 2015, quando foi a assinada da Agenda 2030, o ODS 5 ocupa o último lugar na distribuição de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com o Orçamento Mulher muito abaixo do necessário e, pior, dos quais só cerca de 60% foram executados2.
Sobre alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; acabar com todas as formas de discriminação, eliminar violência pública ou privada, reconhecer e valorizar o trabalho tendo em vista os vários papéis que a mulher exerce, e a participação digna nos níveis de cargos, salários e tomada de decisão, se enquadra na ODS 5.
A participação das mulheres na sociedade, no trabalho, nos bancos acadêmicos, nas especializações cresce cada vez mais, e no mercado segurador não é diferente, pois há maior demanda em contratações de mulheres, e planos de incentivos das Companhias Seguradoras, ao investirem na capacitação, promoção e adesão da Agenda 2030.
Por outro lado, pesquisas ao longo dos anos mostram que cargos de liderança e equiparação salarial não são compatíveis entre mulheres e homens, refletindo uma realidade que transcende o setor analisado e é comumente encontrado em diversos setores da economia.
As seguradoras participaram de uma pesquisa, com dados importantes, sobre cargos, equiparação salarial, tempo de empresa, tudo comparado ao trabalho dos homens.
Embora, a contratação de mulheres, e a permanência delas nas companhias são maiores por vezes que a dos homens, ainda, assim, alguns desafios são enfrentados, tais como os cargos de liderança; diretoria, CEO e equiparação salarial.
As dificuldades de uma carga mais pesada de tarefas para as mulheres, considerando pausas necessárias, em especial maternidade, cuidados com familiares, dupla ou tripla jornada de trabalho, apontam principais fatores que prejudicam quanto a valorização.
A pesquisa da Escola de Negócios e Seguros, na quinta edição, traz dados interessantes sobre a liderança e cargos: Diretoria 1%; Gestão (superintendentes e gerentes)7%, Coordenação ou Supervisão 7%; Operacional ou Administrativo 85%3. Observa-se que os cargos de liderança intermediária às mulheres não significam que a igualdade de oportunidades tenha sido alcançada, pois parece que barreiras estruturais institucionais sobrevivem enraizadas em vieses históricos culturais consolidados.
Importante análise de comparação em descompasso com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da ONU, da agenda 2030, que são relevantes, tais como: Meta 5.5; garantia a participação plena e efetiva das mulheres e igualdades de liderança; Meta 5.c; adotar políticas sólidas e fortalecimento a fim de proporcionar a igualdade de gênero e empoderamento feminino.
A disparidade salarial retratada impõe fatores por vezes velados, como a ideia de que o homem é provedor. Todavia, nota-se que esta não é mais a realidade de muitas famílias, que são sustentadas por mulheres, que executam tarefas do lar, e a sobrecarga de trabalho faz com que mulheres sejam alocadas em funções inferiores e com salários igualmente baixos.
Apesar dos desafios, há sinais de mudança. Programas de diversidade, políticas públicas e legislações específicas começam a impulsionar avanços. Mais do que políticas externas, é preciso também valorizar a sororidade feminina e resgatar competências próprias das mulheres, como empatia, cooperação e visão coletiva, que podem transformar não apenas o mercado de seguros, mas toda a sociedade.
Assim, a promoção da igualdade de gênero deixa de ser apenas uma pauta ética: é também uma estratégia de desenvolvimento econômico e social inteligente, capaz de aumentar a produtividade, inovação e sustentabilidade. O alinhamento entre empresas, Estado e sociedade civil é essencial para que o Brasil cumpra os compromissos da Agenda 2030 e construa um futuro mais justo e inclusivo para todos.
Mais do que avançar na competição entre homens e mulheres, é unir força de trabalho e qualificação, com cargos e salários justos e igualitários.
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