Renovação de receitas médicas ganha agilidade com a telemedicina e melhora adesão ao tratamento

Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, endureceu as regras ligadas à prescrição e entrega de alguns medicamentos.

Desde que a Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, endureceu as regras ligadas à prescrição e entrega dos medicamentos agonistas GLP 1, conhecidos popularmente como canetas emagrecedoras (Ozempic, Mounjaro e Wegovy) farmácias e drogarias passaram a reter a receita e exigir duas vias assinadas pelo especialista. Essa medida, que entrou em vigor 60 dias após sua aprovação, visa aprimorar o controle sobre a venda desses fármacos, retratando o rigor já aplicado aos antibióticos.

Atualmente, a telemedicina emerge como uma alternativa segura e acessível. O paciente agenda uma consulta por vídeo e, de acordo com critério médico, pode receber a receita digital, que será assinada e validada conforme as normas do ICP Brasil. O documento pode ser verificado pela farmácia por meio de um código autenticador.

A renovação de receitas é especialmente útil para pessoas com condições crônicas ou recorrentes, que já têm diagnóstico definido e fazem uso contínuo de medicamentos. Isso inclui antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor, remédios para hipertensão, diabetes, colesterol alto, distúrbios hormonais, entre outros”, explica Diovani Urbim, diretor da Vital Help.

Ele alerta, no entanto, que a renovação não pode ser feita sem consulta médica formal. “A simples renovação da receita não pode ser feita ‘por WhatsApp’ ou e-mail. É uma exigência ética e legal, para que o médico reavalie se o tratamento ainda é adequado, possa fazer ajustes e documentar tudo em prontuário”, reforça.

Além de garantir segurança e acompanhamento adequado, o acesso remoto ao médico evita lacunas no tratamento — que podem levar a descompensações clínicas, como crises de ansiedade, picos de pressão ou descontrole glicêmico. “As consultas são rápidas, sem filas ou deslocamentos. Isso reduz o abandono por questões logísticas e contribui para um ciclo de cuidado mais contínuo”, acrescenta Urbim.

A praticidade também beneficia quem vive em regiões de difícil acesso ou possui mobilidade reduzida. “Idosos, pessoas com deficiência, pacientes imunossuprimidos ou em recuperação pós-cirúrgica podem renovar receitas sem sair de casa. Já moradores de áreas rurais evitam deslocamentos longos e custosos até grandes centros”, afirma.

Segundo dados da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), em 2023 foram realizadas mais de 30 milhões de consultas por telemedicina no Brasil — um salto de 172% em relação aos números de 2020 a 2022. Além disso, 97% dos pacientes brasileiros relataram satisfação com os atendimentos remotos.

Estudos mostram que, entre pacientes com mobilidade reduzida, a consulta remota aumenta em até 40% a adesão ao tratamento. O serviço se tornou uma ponte entre o paciente e o cuidado, levando assistência médica de qualidade para dentro da casa das pessoas”, conclui Urbim.

Com agilidade, comodidade e respaldo técnico, a telemedicina firma-se como aliada na continuidade de tratamentos.

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Fernanda Torres

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