Estudo de materialidade: o guia da BNP Paribas Cardif para definir prioridades ESG

Relatório de ESG

Empresas de diversas áreas e regiões têm desempenhado estratégias sustentáveis e sociais, seja através da otimização de processos internos ou da ampliação do acesso aos seus serviços. No mundo dos seguros, essa ligação com o ESG (Environmental, Social and Governance) acontece de maneira ainda mais natural, como no seguro prestamista, que garante proteção financeira a famílias endividadas, e das garantias estendidas, que prolongam o ciclo de vida dos produtos.

Na BNP Paribas Cardif Brasil, essa vocação ESG está no centro da estratégia de negócios. Fernanda Campos, diretora de Recursos Humanos e ESG da companhia, explica o compromisso global estabelecido pelo Grupo BNP Paribas, presente em mais de 60 países, para reduzir desigualdades socioeconômicas e enfrentar desafios climáticos. Segundo a executiva, o grupo sempre teve ciência de suas responsabilidades como empresa privada e, há muitos anos, integra os princípios ESG às suas operações. 

“Sempre tivemos ciência de nossas responsabilidades como empresa privada e, há muitos anos, o Grupo vem integrando os princípios ESG à estratégia de negócios, garantindo coesão entre discurso e prática por meio de ações efetivas e articulações entre diversos atores aos quais direcionamos recursos direta ou indiretamente”, afirma.

A evolução desta estratégia foi impulsionada por um estudo de materialidade, que analisou os riscos e impactos sob a perspectiva de seus stakeholders. Como resultado, em 2024, a seguradora estabeleceu uma área exclusiva para ESG e divulgou seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, estruturado em três pilares principais: investidora, seguradora responsável e empresa.

“No pilar Investidora, a BNP Paribas Cardif desenvolveu filtros específicos para selecionar fundos de investimentos. Setores de preferência incluem gestão sustentável de recursos naturais, energias renováveis, controle da poluição, educação e serviços de saúde. Atualmente, mais de 12% dos investimentos da companhia estão em fundos verdes, ao mesmo tempo em que seguimos diretrizes específicas para escolha de fornecedores e parceiros, garantindo que também compartilhem da mesma responsabilidade socioambiental”, explica Fernanda Campos.

No papel de Seguradora Responsável, a focam em tornar as apólices acessíveis e ampliar sua relevância social. Um dos principais avanços foi a redução de 70% dos riscos excluídos das condições gerais dos produtos, simplificando a adesão e o entendimento por parte dos segurados.

A seguradora se compromete com a diversidade e inclusão, promovendo iniciativas que estimulam a equidade no ambiente corporativo. Atualmente, 52% dos colaboradores da empresa são mulheres, sendo 38% em cargos de liderança. A meta da companhia é alcançar 50% de mulheres na liderança até 2030, por meio de programas como mentoria, rodas de conversa e a Academia de Mulheres.

Além disso, contam com um banco de talentos direcionado à candidatura de pessoas negras, indígenas, LGBTQIAP+, 50+ e pessoas com deficiência, para facilitar o acesso e fortalecer a representatividade nos processos seletivos. O objetivo é garantir maior diversidade nos processos seletivos e fortalecer a inclusão dentro da companhia.

Nos últimos anos, os princípios ESG evoluíram de um mero diferencial competitivo para uma exigência consolidada no mercado. Conforme observa a diretora de RH, os seguros sempre desempenharam uma função social, mas atualmente há um empenho em expandir esse impacto e democratizar os produtos. Um dos desafios enfrentados é romper a percepção de que os seguros são onerosos e estão destinados apenas às classes mais abastadas. 

“Nossas próprias pessoas são bastante engajadas nesses temas, contribuindo ativamente na inclusão e aprimoramento dos aspectos ESG do negócio e dedicando parte do seu tempo para impactar, diretamente, causas sociais. Somente em 2024, os colaboradores da companhia no Brasil dedicaram mais de 2 mil horas a trabalhos voluntários, incluindo campanhas de doação para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, introdução aos temas de carreira e finanças pessoais para jovens, apoio a pessoas em situação de rua, apoio à empregabilidade feminina negra e uma série de outros projetos sociais realizados ao lado de ONGs e instituições como SP Invisível, Fundação Julita, Junior Achievement e Cruzando Histórias, entre outras”, conclui Fernanda.

Crédito foto:

Freepik

Crédito texto:

Fernanda Torres

Publicado por:

Picture of Bruna Nogueira

Bruna Nogueira